Esse não é o tipo de artigo/dica voltado para o público motociclista; mas pra gente curiosa, simpatizante, ou amante de uma boa aventura ou descoberta.
Embora eu não faça parte de nenhum motoclube, descobri que acompanhar e comparecer nos encontros motociclistas pode ser um excelente programa. O meu destino foi Paraíba do Sul, no último fim-de-semana.
Os encontros tem uma fórmula interessante e funcional: como são inúmeros os motoclubes (presentes na maioria dos municípios) e sua grande maioria promove - ao menos - um evento anual, todos os fins de semana tem eventos deste tipo espalhados pelo país. E, com boa frequência, ele será realizado perto de onde você esteja.
E o que acontece?
A fórmula não muda muito, mas é convincente.
O motoclube organizador, às custas de pequenos patrocínios e apoio municipal, disponibiliza um bom espaço (normalmente, público) para um evento de dois ou três dias, onde chegarão as motos mais diversas, os seres mais diversos, triciclos, comerciantes itinerantes, onde não vão faltar shows de bandas
de rock, belas máquinas e cerveja a preço honesto. São várias barraquinhas, numa espécie de exposição ou festa de quermesse, onde se reencontra a galera de outras cidades, conhece gente nova, aprecia a diversidade de motos, dança, flerta, curte o astral positivo sempre presente nesse tipo de evento.
Por rolar em dois ou três dias, pode ser o tempo ideal pra também se conhecer as coisas do lugar. Afinal, toda cidade, todo lugarejo, tem algo legal pra ser apresentado, seja uma beleza natural, um roteiro desconhecido, uma lenda urbana, um causo qualquer. Não tem prejuízo. É só soma.
E, muito recomendável, é que você vá de moto, pra curtir todo esse astral, tudo ao redor, com a sensação da mais convicta participação no contexto. E mais um bom elemento: na grande maioria destes eventos são gratuitos o camping (normalmente, bem localizado), o café da manhã e o churrasco.
Onde começar?
Acesse http://www.mototour.com.br/ e escolha seu destino!
quinta-feira, 5 de maio de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
Ilha da Gigóia
(Da série Em Cantos do Rio)
Que tal uma dica pra um passeio no Rio?
Que tal uma dica pra um passeio no Rio?
Alguns, recomendariam o Cristo Redentor, do alto do Morro do Corcovado, a referencial estátua vista de quase todo lugar do Rio onde você esteja.
Outros sugeririam a Praia de Copacabana, com seu calçadão exclusivo, sua aura cosmopolita, sua longa faixa de areia branca, espaço democraticamente dividido entre turistas, famílias, gays, surfistas, prostitutas, festeiros.
Não posso dar uma dica como esta. Para não ser repetitivo ou piegas, teria que ter uma sagaz autoridade no assunto pra dizer algo que ainda não fôra dito.
Então, vou dar uma sugestão diferente e pouco conhecida do Rio, mesmo pros cariocas.
Ontem, 23.04.11, fui conhecer a Ilha da Gigoia.
É uma ilha lacustre, na Lagoa da Tijuca, bem no comecinho da Barra. Pra chegar lá, você precisa atravessar o pequeno canal, perto do Shopping Barra Point, nos fundos do prédio da Unimed. Por R$ 0,70, uma pequena embarcação te atravessa até a ilha, em menos de 1 minuto.
Feito isso, você passará a conhecer e entender o astral diferenciado da Ilha da Gigoia.
Não é uma ilha selvagem, desolada e desabitada. Pelo contrário, a ilha é totalmente loteada e habitada. É um pequeno sub-bairro da Barra da Tijuca, com cerca de 3.000 habitantes (informação prestada pela comerciante Dona Maria).
E toda essa gente convive de uma maneira visivelmente harmônica e orgânica. Lá, ninguém tem carro ou moto. Todo o transporte é feito a pé, ou, no máximo, de bicicleta. As alamedas são estreitas e todas possuem nome, como qualquer logradouro. E são também labirínticas, pois, caso você não tenha um bom senso de referência, corre o grande risco de não retornar ao ponto de partida sem alguma dica alheia.
No caminho você vai encontrar, como em qualquer bairro, bares, padaria, lan house, salão de beleza, pizzaria, além de muitas casas, simples; como a de pescadores e moradores de décadas do lugar, ou sofisticadas; de gente abastada que se encanta ao estilo de vida da Gigóia e vai viver lá, abandonando o estilo de vida anterior.
Tudo bem decorado com vários jardins entre as alamedas, grandes árvores e crianças livres, muitas vezes
descalças, num astral interiorano que passa a impressão de que alguma magia contida naquele canal separa a metrópole carioca (em frente à futura estação de metrô!) do bucolismo interiorano.
descalças, num astral interiorano que passa a impressão de que alguma magia contida naquele canal separa a metrópole carioca (em frente à futura estação de metrô!) do bucolismo interiorano.
Durante o passeio, tive a oportunidade de tomar umas cervejas no Bar da Dona Maria (a justos R$ 3,00 e geladíssima), interessante ponto pra perceber o movimento de vai-e-vem dos moradores, pois é perto do "porto". E almocei no Restaurante Porto Gigoia, de Dona Vera (de bom preparo, porções nem tão generosas e preço salgadíssimo), com o canal ao fundo e o movimento dos barquinhos sempre passando.
Aliás, é bem interessante essa coisa dos barquinhos: O canal é como uma avenida, uma hidrovia, e os pequenos trapiches são como pontos de ônibus, pois sempre tem gente lá, esperando o barquinho passar. De lá, se pode retornar à Barra da Tijuca, ir à Barrinha, ao Itanhangá, ou mesmo, ir a outras ilhas próximas, como a Ilha Primeira.
É um lugar que pretendo voltar, em breve. Dona Maria convidou-nos a fazer um churrasquinho na alameda e consumir sua cerveja estúpida de gelada. Gostei.
Vambora?
Introdução
Lembro-me de outrora, semanalmente, realizar redações escolares. Havia um tema e, sobre ele, punha-me a pensar para, depois, exercitar o imaginário, o vernáculo e a escrita. Não me lembro de, depois disso, ter escrito outra coisa de forma tão liberta. Na faculdade, corríamos a escrever e tentar resumir o que o professor passava. Profissionalmente, a escrita é restrita, contida e cotidiana.
Nunca dei publicidade a nada que tenha escrito.
Aqui, além de resgatar o hábito alhures perdido, vou tentar postar algo de interessante e/ou produtivo.
Os temas que mais me interessam são impressões do cotidiano, música, viagens. Contudo, em amor à liberdade, a lista não é finita.
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